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AS IMAGENS NA IGREJA CATLICA  

    

                                                 Tanto no xodo  como no Deuteronmio, a proibio de imagens  refere-se imagem dos deuses estrangeiros e no de qualquer espcie de desenho, pintura ou escultura. Trata-se de dolos e  de figuras de  deuses falsos que tomavam formas de pessoas, animais, astros, etc.  Tanto assim que o mesmo Deus mandou Moiss  fazer uma serpente de bronze, que foi colocada num suporte  e, vendo-a, os hebreus  ficavam curados de suas feridas. Esta imagem da serpente era prefigurativa  de Jesus  pregado na cruz: "Como Moiss levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo o homem que nele crer, tenha a vida eterna" (Jo III,14s). Alm disso, Deus determinou a Moiss fazer dois querubins para cobrirem o propiciatrio: x XXV, 18s.  Salomo, quando construiu o templo, mandou fazer tambm querubins e outras figuras vrias, entre as quais lees e bois: I Re VII, 29.   Nem  por isso o templo foi do desagrado de Deus.  As proibies impostas por Deus destinavam-se a proteger o pequeno povo de Israel, cercado de tantos povos idlatras e ele mesmo propenso idolatria, do perigo dessa idolatria. Uma coisa imagem, outra dolo. O mesmo Deus que proibiu fazer imagens (de dolos) mandou fazer imagens (no de dolos), como a serpente de bronze, os querubins. 

                                              Qualificar de superstio e hipocrisia os ornamentos de Igrejas ou quadros e imagens de santos,  pode ser ignorncia, quando no for maldade ou impiedade. O culto das imagens sempre teve inimigos na histria, fato que ainda persiste em nossos dias. No percebem (ou no querem perceber) que imagem s podemos fazer de pessoas visveis, como de Nosso Senhor, de Nossa Senhora,  dos Anjos, dos Santos Apstolos, etc.  No trata-se da adorao ou culto da imagem pela imagem, ou que possuam poder sobrenatural ou maravilhoso, o que seria superstio e idolatria. Veneramos uma imagem sacra mostrando nosso afeto pessoa por ela representada, assim como temos amor ao retrato de pessoas queridas, onde o papel em que feito no diz absolutamente nada,  mas sim o que ele representa, ou seja, a imagem dos pais, de um irmo, de um ente que j se foi.    

                                             A venerao das imagens antiqussima na Igreja e de origem apostlica.  So valores artsticos que elevam a alma das pessoas s prticas das virtudes e da piedade.   

                                              A Igreja Catlica, nos conclios de Nicia e Trento, aprovou e recomendou  o culto das imagens.  A doutrina da Igreja, sobre as imagens e o respectivo culto, est resumida nos seguintes pontos: 

1.  As imagens no so dolos, a que os fiis devam render homenagem. Imagem  nenhuma possui um poder oculto ou latente, em virtude do qual se lhe deva prestar culto e venerao. 

2. proibido fazer peties s imagens e nelas depositar uma confiana como se fossem doadores de graas e benefcios. A imagem deve ser para o catlico um meio, um instrumento, que lhe facilite elevar os pensamentos acima desta terra, s coisas  sobrenaturais e divinas. 

3. A venerao, o respeito que se tem s imagens, tem por objeto, no a imagem como tal, mas a pessoa por ela representada, isto , Nosso Senhor Jesus Cristo,  sua  Santa Me e os Santos. A imagem no nada mais que imagem, que nos  lembra os benefcios que Deus d criatura humana;  lembra-nos o poder dos Santos, como amigos de Deus e suas virtudes, que devemos imitar. Nada, pois, tem o culto das imagens  com idolatria ou superstio.

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                                            No ano de  725,  So Germano ops-se  com toda a sua energia contra essa perseguio sacrlega, perpetrada  pelo Imperador de Constantinopla,  Leo - o Isaurio,  que ao assumir o trono declarou publicamente proteger a f catlica, o que, alis no cumpriu, pois naquele ano iniciou campanha contra o culto das imagens. 

                                           A luta tomou feies muito srias. So Germano defendeu, no plpito e em escritos, a doutrina sobre o culto das imagens. Em conferncias particulares que teve com o Imperador, mostrou a  este  a  inconvenincia e a criminalidade daquele proceder. No conseguiu, porm, mudar as  idias do iconoclasta. Quando, em 730, Leo exigiu de So Germano a assinatura de um decreto que determinava  a  destruio das imagens  sacras, o Santo declarou: "Senhor, tomar uma medida contra a f, -me impossvel".  Esta profisso de f acarretou ao octogenrio, no s o dio do Imperador, mas a expulso de Constantinopla, em condies mui humilhantes, tendo que retirar-se para Platino. 

                                          Em defesa das imagens, So Germano ops resistncia tenacssima aos iconoclastas, negando-se peremptoriamente a assinar uma proibio imperial,  que tinha por objeto o fim do culto das  imagens e sua conseqente destruio.  Ainda hoje, a Igreja sofre tais ataques sistematicamente articulados com a finalidade de  atingir  a Igreja de Cristo. As portas do inferno no tem poder de prevalecer contra Ela.  

CONCLUSO

                                           Os catlicos no devem se deixar levar por conceitos errneos a respeito das imagens, que nada mais so do que meras representaes elaboradas por hbeis artistas.  Devemos saber discernir o abismo que separa a IMAGEM do  DOLO.  Recorrendo s Escrituras constaremos que  ns mesmos,  os seres humanos,  fomos feitos IMAGEM e semelhana de Deus, portanto, o Criador foi quem criou a primeira IMAGEM de si prprio. Isto para nos lembrar que, por pior que seja o nosso semelhante, devemos ver nele  a IMAGEM do prprio Deus.  (Verifique  - artigo I do livro "Oriente"  - de onde extramos esta oportuna constatao)       

                                           Representaes idlatras em diversas formas como:  figas, patus, ps-de-coelho, pirmides, etc..., sutilmente  propaladas como objetos para uso em simpatias ou supersties inofensivas,  devem ser combatidas com veemncia, j que imprimem influncias extremamente comprometedoras salvao da alma.  A adorao ou uso destes  amuletos,  mesmo em decorrncia de modismos ingenuamente sutis, ofendem muito a Nosso Senhor, pois que toda a nossa confiana deve estar concentrada no poder de Deus. Quem cultua, pratica ou difunde a adorao destes objetos, sem dvida, prestar contas no dia do Juzo.     

                                          O homem em sua vida sensitiva, muito depende das coisas que o rodeiam. Como o cristo prudente e sincero procura afastar de si todas as ms influncias, com prazer se inclinar a tudo que em sua alma for capaz de produzir boas impresses e elev-las a Deus e s coisas santas. este o motivo porque a Igreja orna o interior dos templos com belos quadros e imagens de santos. O Aspecto destas coisas desperta na alma pensamentos salutares, o desejo de imitar o exemplo da virtude daqueles que se santificaram na lei de Deus. 

 

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Referncias:  Sobre So Germano - Na Luz Perptua (Editora Lar Catlico - 1959);   Bblia Sagrada, Editora Ave-Maria, 94. Edio - ndice Doutrinal, 1995.