A msica foi o complemento artstico das catedrais medievais. At a poca de Gregrio I (540-604) tinha a msica forte influncia grega e bizantina, bem patentes nas rias mondicas. Atribui-se ao grande Papa Gregrio I (por isso "msica gregoriana") a criao de uma melodia simples, o "cantocho" ou canto "gregoriano". Independentemente do nmero de pessoas, todos cantavam no mesmo tom, embora as mulheres e crianas quase sempre cantavam uma oitiva mais alto que os homens. Porm, as variaes surgidas no canto gregoriano exigiam uma notao mais prtica e mais exata. Aproximadamente em 1040, o monge Guido de Arezzo deu os atuais nomes s primeiras seis escalas, tirando as primeiras slabas de palavras de um hino que os meninos cantores entoavam a So Joo, para que os protegesse da rouquido. O ut era to fcil de ser cantado, pois acabava de ser consoante, e posteriormente foi substitudo por d. Assim nasceu o alfabeto musical dos pases latinos. Essas criaes vitais abriram o caminho para a msica polifnica, que mais tarde, entretanto, entrelaaria duas, trs e at quatro vozes independentes. Como as demais artes, tambm da msica a Igreja se serve para abrilhantar o culto divino. O objeto mais digno que o prprio Deus, as artes no podem ter, sendo Ele a fonte de tudo que belo, de tudo que perfeito. A msica, para ser admitida no servio de Deus, deve tornar-se digna desta grandiosa vocao. Para Deus s o melhor, para o culto divino, s o que h de mais perfeito. H uma msica profana, uma msica religiosa e uma msica sacra. A primeira a arte do mundo, mais ou menos aparatosa, mais ou menos artstica, destinada a deliciar os ouvidos e abrilhantar as festividades do mundo. a msica ouvida nos teatros, nos concertos, nas festas profanas e nos lugares de divertimentos. Esta espcie de msica no serve para o culto divino e dele est excluda por princpio. H ainda a msica que bem difere da primeira, j mencionada. uma msica mais suave, que mais ou menos traz os enlevos religiosos e os da alma; so composies que objetivam assuntos religiosos. Esta espcie de msica dispe dos recursos e dos meios de expresso da msica profana, e dela tira o que precisa, para exprimir o colorido do carter que lhe prprio. H msicas religiosas que podem ser admitidas nas igrejas, o que depende do exame consciencioso de quem competente na matria e, a falta de temperana nesse aspecto pode fatalmente macular o sacro rito, transformando o participante da Missa num espectador, confundindo-se altar com palco, o que seria um desastre. A msica sacra a msica prpria da Igreja, a msica litrgica oficialmente aprovada e autntica. A Igreja faz questo em ver observadas suas determinaes relativas msica sacra; e grande a responsabilidade das autoridades eclesisticas nesse particular. A msica na Igreja no deve visar outra coisa seno a glria de Deus e a edificao dos fiis. Admitir msicas profanas e indignas no culto divino, pecado, por ser uma profanao do templo de Deus e um escndalo para os fiis. Aqueles que devem interessar-se mais de perto pela msica sacra, no podem deixar de ler e estudar o Motu Prprio de Pio X sobre a msica sacra, documento de alto valor, que considerado o cdigo musical da Igreja Catlica. Referncias: Baseado nos ensinamentos da obra Na Luz Perptua (Editora Lar Catlico); Histria Geral - A. Souto Maior, 14a. ed., 1971, Companhia Editora Nacional.
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