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Livro Oriente       <<  ARTIGO XIII   >>       Carlos Mariano

        

 

 

Passaro os cus com grande estrondo -

  In qua caeli magno impetu transient (2Pdr III, 10)

 

 

 

 

 

 

 

                                                  A escatologia, no sentido teolgico, a doutrina das coisas que devero ocorrer no fim do mundo. Mundo, significando Universo visvel. Este Universo visvel ter um fim, posto que teve um comeo. Ao contrrio da Eternidade, que por no ter tido um comeo, no ter fim. Ado e Eva, viviam no Paraso; o Paraso eterno. Ao transgredirem o nico artigo da Constituio Divina, qual seja: No comas da rvore do bem e do mal, foram expulsos daquele paraso de delcias Ptria da rvore da Vida, conforme relata o Gnesis. Fechadas as portas do Paraso, posto querubins em guarda, o Divino Salvador, do alto da Cruz, determina abri-las, para dar entrada ao ladro da direita: Hoje estars comigo no Paraso. Para Jesus, no tem o daqui a trs dias, quando ressuscitou, porque Ele o Hoje, advrbio de tempo, significando atualidade. De forma idntica, o Verbo de Deus presente: Eu sou! sem sombra de passado: fui, ou de futuro, serei. O Divino Salvador: ɔ. Em Jesus no existe vestgio de vicissitude, de modernismo, de instabilidade. Ele sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre, pois Eterno. Nada mais lgico, se admitisse mudana, no seria Perptuo. A nossa Natureza tem o seu tempo, porque se transforma. A Natureza, porque mutvel, tem o seu tempo. Ento, qual o tempo da Natureza? Os cientistas contrapem ao Big-Bang o Big-Crunch, ou seja, a expanso e contrao do Universo e, fim. O Eclesiastes j nos dizia: Deus julgar o justo e o mpio; ento ser o tempo de todas as coisas. So Pedro, o primeiro Papa, que jamais se preocupou com filosofias, nos revela: Todavia, como um ladro, vir o dia do Senhor, no qual passaro os cus com grande estrondo (o Big-Bang do Big-Crunch dos cientistas), os elementos com o calor se dissolvero e a terra e todas as obras que h nela sero queimadas. Um pouco alm, no mesmo captulo terceiro, de sua segunda Epstola, versculo onze, So Pedro, por inspirao divina, manifesta: Todas estas coisas esto destinadas a ser DESFEITAS.  No que concorda o atualssimo Big-Crunch e h dois mil anos revelado por Sua Santidade, o primeiro Papa, So Pedro. Viveremos o HOJE, que agora vislumbramos com os olhos da f.

 

                                                  No h quem no saiba, afora os meninos flutuantes, aos quais dedico um Artigo parte, que filosofia e revelao tem algo em comum, de vez que, ambas dependem de comprovao. Xenfanes, que viveu quatrocentos anos antes de Cristo, filosofando, concluiu que a Lua era habitada pelos selenitas. Quase dois mil anos aps, pelos idos da Idade Mdia, atravs dos rudimentos da telescopia, a teoria de Xenfanes foi posta em dvida e sem demora, completamente descartada. Transferiu-se a habitao para Vnus, eram os venusianos. Depois para Marte, com os marcianos. Os telescpios foram aprimorados, o homem pisou a Lua, est em rbita o supertelescpio Hubble que, passado o milnio, estar velho e pelo ano 2005, ser substitudo pelo megatelescpio NGST, assim denominado no pelo tamanho e peso, pois menor e mais leve, mas pela capacidade mil vezes maior na captao dos raios infravermelhos que o Hubble. Com o megatelescpio NGST estaremos mais perto da comprovao do filosfico desfecho da teoria do Big-Crunch e confirmao do revelado por So Pedro. Ora, comprovada que foi, a inexistncia de vida no nosso sistema solar, transferiu-se a habitao dos seres fictcios para outros sistemas solares, que s na Galxia a qual pertencemos, a Via Lctea, conta cem milhes e mais de cem bilhes de estrelas. Nessa busca especulativa de vida noutros planetas, acomodam as palavras de Jesus: Na casa do Meu Pai, tem muitas moradas.  uma justificativa falseada, de vez que o Universo visvel padece de transformaes, mortal, enquanto que a Casa do Pai Eterna, evidentemente, noutra dimenso que a nossa, imensurvel, no submetida a clculos humanos.

 

                                                 A Bblia a palavra de Deus, no erra nunca, em que pese a viso toupeira dos letrados. O entendimento da palavra de Deus, independe do grau do formado e sua acurada capacidade intelectual: Eu Te dou graas, Pai, porque escondeste estas coisas aos sbios e aos prudentes e as revelaste aos pequeninos. Em consonncia, a cincia est a servio do cumprimento da Palavra de Deus e os cientistas disto no se apercebem, porque sbios e prudentes em demasia. Donde se conclui que sabedoria e prudncia sem a graa de Deus, soberba, cegueira.

 

                                                  Com referncia vasculhao dos cus pelos supertelescpios, envio de foguetes interplanetrios, recepo de sinais advindos doutros mundos e futuras comunicaes com extraterrestres, os Ets, cujos benefcios (apesar dos pesares) seria exaustivo enumerar, encontrar vida no passa de mera especulao.Por outro lado, iniciado que foi a investigao dos astros, leviandade pretender interromp-la, pois, esse proceder cumpre as Escrituras: Naqueles dias, as potestades celestes sero abaladas. O cumprimento das palavras bblicas infalvel, de vez que Jesus categrico: Julgas, porventura, que eu no posso rogar ao Meu Pai e que Ele me no por aqui logo, mais de doze legies de anjos? Como, pois, se cumpriro as Escrituras, que declaram que assim deve suceder?. Alm do que, Sua vinda, morte e ressurreio, no aconteceram por acaso: Examinai as Escrituras, porque elas que do testemunho de Mim. Nem Buda, nem Confcio, nem Lao-Ts, muito menos Maom, foram prenunciados. Credenciais, s o Salvador as possui. Todos morreram, o Salvador vive.

 

                                                  Quanto vida noutros planetas, fora do nosso sistema solar, que alguns eclesisticos, por via das dvidas, admitem existir, racionalmente, um contra-senso. Rui Barbosa dizia e a cincia confirma que: No existe dois flocos de neve iguais. Conseqentemente, no se requer um QI de superdotado, para perceber que, analogamente, no existe em todo o Universo, dois sistemas solares idnticos. Condio sine qua non, para a existncia da vida, que julgamos entender. Prosseguindo s apalpadelas, no campo da racionalidade, os latinos nos transmitiram a seguinte deduo: Divisae arboribus patriae: Cada  rvore tem a sua ptria. Ora, se as rvores so nativas, s pela semente, transplante da muda, ou respectivo enxerto, poder vicejar alm do seu Habitat, do seu ambiente natural. O nosso excelente cafezinho, por exemplo, cuja planta nativa de Cafta, na Etipia, por ser bebida maometana, dependeu da aprovao do Papa Clemente VIII, para consumo italiano. Posteriormente, transplantado para as Antilhas, s em 1727 que as mudas do cafeeiro chegam ao Brasil, por mos de Francisco de Melo Palheta. Se no tivesse havido esse percurso das mudas da planta, no teramos os rendosos cafezais no Brasil. Paralelamente, sem o transporte das respectivas sementes, no haveria os seringais cultivados na frica, posto no se ignorar, que a seringueira originria do Amazonas. At aqui, nenhuma novidade, pois a Bblia, desde o seu primeiro captulo no Gnesis, informa que sem o semen, no sentido abrangente do termo, no h transmisso de vida. proveitoso que se frise, que se destaque: Sem o semen", isto , sem a  semente, renovo, muda, enxerto, clonagem (da costela de  Ado, Eva), no h transmisso de  vida. No h mesmo!

 

                                                  Em consonncia ao exposto, entende-se a necessidade, melhor dizendo, a indispensabilidade da vinda do Senhor Jesus, sem a qual, a rvore da Vida (Lignum Vitae) pela sua sobrenaturalidade e guarda dos anjos, permaneceria restrita ao Paraso, evidentemente, inacessvel natureza humana, na sua composio de carne e alma. Essa mesma rvore da Vida, que Jesus, em uma de suas magnficas e inigualveis parbolas, assim figurou: Eu sou a videira e o Meu Pai o agricultor. A sementeira e a muda dessa rvore da Vida, em harmonia com o prprio Jesus, no subsistem por si mesmas, preciso o enxerto e ser podado para, revitalizado, dar abundante fruto: Como a vara no pode de si mesma dar fruto, se no permanecer na videira, assim tambm vs, se no permanecerdes em Mim. , decididamente, imprescindvel estar em comum unio, ou seja, em comunho com Jesus, pois: Sem Mim, nada podeis fazer. A insero, a incorporao em Jesus determinante, de vez que: Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vs, pedireis tudo o que quiserdes e ser-vos- concedido. Cristo Jesus, apresenta-se como: O Caminho, a Verdade e a Vida. A vida que vivemos, mera caricatura da Vida que Jesus nos trouxe, como explica Santo Agostinho: O que chamamos vida morte; pois, a verdadeira Vida a de Jesus ressuscitado, completando admiravelmente: Deus factus est homo ut homo fieret Deus Deus se fez homem, para que o homem se tornasse Deus. So Toms de Aquino, sbio entre os sbios, em conformidade, define a Eucaristia: Panis vivus et vitalis Po vivo que d a Vida. Na sua primeira carta, captulo quarto, versculo nove, So Joo, o discpulo amado de Jesus, cristalino: Deus enviou seu Filho Unignito, ao mundo, para que por Ele tenhamos a Vida. Por conseguinte, ficou evidenciado que sem Jesus, nada podemos fazer que aproveite ao corpo, com relao alma. Neste sentido, extasiado, que o fiel catlico entende a espetacular e singularssima prerrogativa de Nossa Senhora, como Me do Criador, Redentor e Autor da Vida, qual intercessora mor junto a Deus, que nos trouxe Jesus, Deus gerado Homem. Afora tudo o que se v, comprova e imagina, a maior demonstrao de Onipotncia, o insupervel sinal de ter formado para Si no tempo, Sua Me Santssima na Eternidade. Santa Maria, Me de Deus!

 

                                                  Uma vez, em Jesus por Maria, enxertados na rvore da Vida, passamos a entender o que So Pedro, o nosso primeiro Papa, quis dizer ao nos designar como estrangeiros e peregrinos. Confiantes, deixamos de ser meramente terrqueos, assumimos a cidadania no cu, somos celcolas.  Isto no v filosofia, revelao, esperana bblica, confiana no Verbo, na Palavra de Nosso Senhor. Ns somos de Deus  brada, confirmando, So Joo Evangelista. Os flutuantes falam a linguagem do mundo e o mundo os exalta. Os cidados do cu, exprimem-se de uma forma que ressoa, aos que so do mundo, como piegas, alienao. Do crdito a um elo hipottico que lhes d pedigree e recusam Ado e Eva, que nos transmitem a genealogia. Tanto o homem, quanto o macaco, so criaturas, todavia, com a diferena transcendental, que o homem o nico animal religioso por princpio. No gnesis, como rei da criao e conseqente poder de deciso, est implcito o arbtrio de proteger ou eliminar os demais seres que o rodeiam, na aplicao larga, ou estreita, do seu aprendizado. Porm, prestar contas da sua administrao. Nenhum outro ser, nem primata, nem serpente, que era o mais astuto entre todos os animais, recebeu tamanha incumbncia, tal obrigatoriedade. Desta forma, ecologia no uma inveno humanista, determinao Divina. O primeiro a se aperceber disto, pela sabedoria que pediu e Deus o agraciou, foi Salomo: Tratou tambm de todas as rvores, desde o cedro, que h no Lbano, at o hissopo, que brota da parede; tratou tambm dos animais, das aves, dos rpteis e dos peixes (Cf. 1Rs IV, 33). Tira-se o seguinte ensinamento, quem no faz o que deveria fazer por amor disciplina, haver de fazer sob a canga do legislativo. De maneira paralela, quem no ama os negros como irmos, filhos que somos da Me comum, Nossa Senhora Aparecida, que negra, ter de faz-lo pelo terror pena prevista por lei. Deus convida ao amor, o Diabo impe o terror. A falta de catequese, causa primeira, da regurgitao dos mais esdrxulos movimentos, que, paradoxalmente, cumprem uma catequese, a servio de preceitos humanos. Este proceder doutrinrio, explicitamente condenado por Jesus, conflita, frontalmente, com a Divina condensao: Quem ama o seu prximo, cumpre toda lei e os profetas. Para Jesus, a raa no importa e sim o gnero humano, cumprida a responsabilidade concernente. Pois: quele a quem mais for dado, mais lhe ser exigido, independente de negro, branco, amarelo ou vermelho. Tal como se conclui, grupos sanguneos, pigmentao da pele devidos a fatores geogrficos e/ou climticos, no ho de contar, nem pesar. O que conta e pesa, o rendimento saudvel dos talentos recebidos, proporo da capacidade de cada um. 

 

                                                  Frente ao dissertado, no me iludo, tudo ficar como dantes: Isaas, Jeremias, Joo Batista, os demais  profetas, continuaro clamando no deserto e Jesus  explica: Porque, assim como  nos dias do dilvio (os  homens) estavam comendo e bebendo, casando-se e casando seus filhos, at o dia em que No entrou na arca; e no souberam nada at que veio o dilvio e os levou a todos;  assim tambm na vinda do Filho do Homem. Nesse dia, a experincia na observncia do costume nos diz, que haver gritaria, orao, devoo generalizada, tendo em vista, que do homem s lembrar de Santa Brbara, quando ronca trovoada.

 

                                                  Diante do elaborado, poucos se preocupam e menos se detm, que o fim do mundo no um acontecimento distante, remoto, de vez que se verifica com a morte de cada um de ns. O Senhor Jesus alertou, que vir como um ladro, de improviso: Estai, pois, preparados. Estar preparado, no para um final dos tempos, que ser em milhares ou milhes de anos, que a tecnologia, ou corrupo humana, h de abreviar por favor de Deus, mas, para o dia-a-dia,  para hoje.

 

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